Gerald Brosseau Gardner nasceu em Blundellands, Inglaterra. Por sofrer de asma desde pequeno, ele foi autorizado por seus pais a viajar com sua enfermeira, Josephine, pela Europa durante o inverno, onde conseguiu seu primeiro emprego em uma plantação de chá. Anos depois, ele partiu para o Oriente — trabalhou em Bornéu e na Malásia, onde se dedicou a conhecer os antigos e suas crenças espirituais. Durante três anos, o governo britânico no extremo Oriente contratou-o para trabalhar como oficial de alfândega, inspetor de plantações de borracha e inspetor nos estabelecimentos de ópio. Com a borracha, ele ganhou bastante dinheiro, podendo assim investir no seu passatempo — a Arqueologia. Gardner casou-se com uma inglesa, Donna, e finalmente retornou à Inglaterra, onde conheceu pessoas que o introduzira na Bruxaria. Em New Forest, ele participou de um grupo oculto de comaçons, a Sociedade de Crotona, com o qual aprendeu grande parte de seu conhecimento. Entre suas obras consagradas, estão: A Bruxaria Hoje e O Significado da Bruxaria, ambas publicadas em língua portuguesa pela Madras Editora. Para Gardner, a Bruxaria tornou-se uma das religiões secretas na qual as pessoas podem expressar seus maiores desejos e aspirações sem serem ridicularizadas; a reverência aos arquétipos que, surgindo nos níveis mais profundos do inconsciente, tão estranhamente inspiram nossa alma. Diz ele: “Creio que isto seja uma verdadeira forma de religião, pois são naturais; embora a constante agressão e o condicionamento da mente possam enfraquecer a percepção e fazer com que as pessoas fechem sua intuição nas profundezas do ser”. A respeito da magia, Gardner acredita que ela, em si mesma, não é branca nem negra, ruim ou boa. O que importa é a maneira como é usada e a intenção ou o conhecimento por trás dela.