Descrição:
O livro reúne 21 crônicas agrupadas em cinco temas: “Memória”, “Gente humilde”, “Reverências”, “Incômodos do Poeta”, “Política – igual em toda parte”. Pequenos ensaios, temas da cultura e da arte, lembranças da infância e da adolescência, confidências, perfis importantes ou da gente simples com quem conviveu, reações a situações, principalmente as incômodas, que o fato de ser escritor lhe impunha, entre outros, são tratados pela perspectiva do olhar atento e bem-humorado de Manuel Bandeira. No entanto, os conhecimentos de maior grandeza ou mesmo os mais insignificantes assumem em sua crônica uma dimensão lírica. Quando, aos dezoito anos, adoeci de tuberculose pulmonar, não foi à maneira romântica, com fastio e rosas na face pálida. A moléstia “que não perdoava” (naquele tempo não havia antibióticos) caiu sobre mim como uma machadada de Brucutu. Fiquei logo entre a vida e a morte. E fiquei esperando a morte.
Sobre o Autor
Manuel Bandeira - Nasceu em Recife, PE, em 1886. Em 1902, teve seu primeiro poema, um soneto em alexandrinos, publicado na primeira página do Correio da Manhã, no Rio de Janeiro. Entre 1903 e 1904, cursou Arquitetura na Escola Politécnica e Desenho de Ornato no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, mas abandonou os cursos devido à tuberculose. Nos anos seguintes, passou longos períodos em estações climáticas do Brasil e da Europa. Na Suíça, onde esteve entre 1913 e 1914, tomou contato com a literatura de vanguarda francesa. De volta ao Brasil, em 1917, passa a viver no Rio de Janeiro, onde publicou seu primeiro livro: A cinza das Horas. Daí em diante, trabalhou intensamente como escritor, poeta, crítico literário e tradutor. Apoiou a Semana de Arte Moderna de 1922 e aproximou-se de vários modelos estéticos da literatura sem nunca aderir efetivamente a nenhum deles. Em 1940, é eleito membro da Academia Brasileira de Letras, e em 1942 membro da Sociedade Felipe d’Oliveira. Bandeira recebeu vários prêmios por sua obra, entre eles o prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira em 1937 pelo conjunto da obra e o prêmio de poesia do Instituto Brasileiro de Educação e Cultura em 1940, também pelo conjunto da obra. Sua posição na poesia brasileira é das mais importantes, sendo um dos pioneiros do Modernismo e o principal introdutor do movimento. Mário de Andrade o definiu como “o São João Batista do Modernismo”. O escritor faleceu em decorrência de uma parada cardíaca no Rio de Janeiro em 1968, aos 82 anos. Pela Global Editora publicou as seguintes obras: Melhores Poemas Manuel Bandeira, com seleção e prefácio de Francisco Assis Barbosa, Melhores Crônicas Manuel Bandeira, com seleção e prefácio de Eduardo Coelho, os infantis Na Rua do Sabão, Trem de Ferro, e as novas edições de Estrela da Manhã, Estrela da Tarde e Itinerário de Pasárgada.
Ficha técnica:
Dimensões: 22.8 x 15.6 x 1 cm
Ano: 2012
Edição: 1
Autor: Manuel Bandeira (Autor), Antonieta Cunha (Compilador)
Editora: Global
Idioma: Português
Código de barras: 9788526017085
Número de páginas: 96
Peso: 210 gramas
Encadernação: Brochura